domingo, 28 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Verdade ou inverdade


Mudo o tom sarcástico e impessoal deste blog para um que além de ser mais sério, (se é que eu consiga escrever algo sério) seja também na 1ª pessoa, a fim de diminuir a distância entre eu, e quem quer que esteja com tempo sobrando e possa ler o que escrevo.
Devido a minha falta de formação intelectual superior (terminei o segundo grau em um supletivo com aulas a distancia), minha inabilidade e falta de prática (ou por falta de competência mesmo) com a língua portuguesa, peço de antemão desculpas pelos possíveis erros de gramática, concordância e outros erros que eu, por qualquer outro motivo, por ventura possa cometer e assim assassinar a língua de Camões.
O assunto responsável por tal mudança de postura, sempre foi alvo de minha atenção e gostaria de compartilhar minha opinião sobre o tema com possíveis leitores (já que só tenho quatro leitores, incluindo minha irmã) que demonstrando interesse, possam comentar esse post, ajudando a clarear mutuamente as ideias.
Trata-se do interminável debate entre ateus e crentes que como mariposas, continuam a bater na lâmpada do confronto a fim de provar algo que não pode ser provado. Minha infância até a adolescência (por volta dos 16 anos) foi um período em que fui (ou pelo menos, tentei ser) Testemunha de Jeová (ou pelo menos, fingi bem). O que vi ao longo desses anos, e depois deles também, foi que existe uma necessidade interminável (eu mesmo fui acometido por essa necessidade) de provar a existência ou inexistência de um Deus.
Entretanto essa questão que, aos meus olhos é infrutífera (para não dizer inútil) devido à impossibilidade de se chegar a um consenso viável, é fonte de intermináveis discussões que às vezes impossibilitam a convivência pacífica entre indivíduos de uma sociedade que se diz igualitária. O respeito às crenças alheias ou até mesmo a falta delas, deveria fazer parte do repertório moral das sociedades democráticas. Deveria, mas como podemos observar, isto está longe de ser efetivamente realizado.
Tanto as doutrinas dos crédulos quanto a dos ateus podem se tornar fundamentalistas se tomarmos como definição de fundamentalismo: uma crença irracional e exagerada, uma posição dogmática ou até um certo fanatismo em relação a determinadas opiniões. O que significa menos diálogo, pois quer por vaidade ou por orgulho na maioria dos casos, nenhumas das partes aceita a coexistência de ambas as idéias.
O ateísmo radical atualmente ganha voz com nomes como o biólogo americano Richard Dawkins autor do best-seller “Deus um delírio”, em que demonstra os problemas do asceticismo e suas generalidades, para fundamentar racionalmente a inexistência de qualquer tipo de entidade sobrenatural.
Do mesmo modo os crédulos tentam embasar suas teorias a luz da ciência numa tentativa de racionalizar, provar e demonstrar a existência de deus. Uns de seus representantes é William J. Tinkle professor de Biologia no Anderson College de Indiana, autor de vários artigos e livros que defendem a teoria criacionista do universo.
Cada um a seu modo tenta da melhor maneira possível, utilizar a razão para defender e fundamentar como verdade suas respectivas idéias, entretanto o consenso está longe de se tornar uma realidade e pelo visto o embate perdurará indefinidamente.
A procura de uma verdade em si mesma está na origem da discussão entre os dois grupos.

“A Verdade é um mero valor que atribuímos às coisas. Precisamos valorar as coisas para podermos nos guiar no mundo, a sobrevivência do organismo. A verdade não existe nelas (nas coisas), não passa de uma atribuição de valor”. [Nietzsche, Friedrich A gaia ciência].

Alguns filósofos descreveram que é inútil tentar provar uma verdade absoluta que valha para todos. O mais correto seria dizer que existem várias verdades, uma para cada visão de mundo de cada indivíduo. O que seria a verdade para nós não passa da nossa visão de mundo baseadas em nossas experiências e vivências, o que faz com que para outra pessoa essa mesma realidade se mostre de maneira diferente, pois também ela é baseada na sua visão de mundo e em suas experiências. Mesmo a ciência não explica os fenômenos apenas os descreve.
Devido a isso, interpretamos o mundo da maneira que nos convém. Nomeamos como verdade essa interpretação, e a utilizamos como um guia a fim de termos um parâmetro para que possamos nos basear. A fé na existência ou não de um Deus é uma interpretação que guia nossas ações, nossas escolhas, e nossos objetivos. A impossibilidade de se chegar ao conhecimento das coisas, torna obsoleta essa discussão.

(...) se a interpretação nunca se pode concluir, é muito simplesmente porque não há nada a interpretar. Nada há de absolutamente primeira a interpretar, pois no fundo tudo já é interpretação; cada signo é nele mesmo não a coisa que oferece à interpretação, mas interpretação de outros signos.” (FOUCAULT, 2000, p 47).

Devemos questionar a possibilidade de que tudo que acreditamos ser verdadeiro, mesmo nossas crenças e nossos valores mais profundos com os quais fundamentamos nossa personalidade, ser na verdade fruto de nossa interpretação de mundo. Abstrações necessárias para podermos viver. Símbolos que representam coisas que não existem, ou que não conhecemos totalmente devido a interpretação que atribuímos a elas. Tudo é fé para um sentido específico. Só assim perceberemos o quanto de nossas forças (para provar nossa verdade) foi gastas em vão.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O poder do pensamento negativo.


Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo. Neste tratado pretendo de maneira resumida apresentar alguns segredos que você poderá usar em sua vida e influenciar os acontecimentos ao seu redor. Todos os pensamentos aqui propostos são frutos de pesquisas e estudos desenvolvidos por cientistas das mais diversas áreas.

A sua vida não tem um propósito e um sentido.

Por mais que você queira acreditar no contrário, no fundo você sabe que sua existência não tem um propósito ou um sentido que a justifique. Deus não existe e você não foi feito a sua imagem e semelhança. Você é um grão de poeira nesse universo que é completamente indiferente com o que você faz ou deixa de fazer. Se você morrer hoje, a sua cidade, o seu país, o mundo, o universo continuará como se você nunca tivesse existido. Pois a vida nesse planeta foi o resultado de causas acidentais que resultaram em um processo evolutivo datado de 3 bilhões de anos. Nossos ancestrais nada mais são que amebas unicelulares, que com o passar do tempo evoluíram de modo a se adaptar ao ambiente. Portanto, você não é especial, não tem um propósito grandioso e sua vida será pó daqui alguns anos. Até as lembranças que seus familiares terão de você, deixarão de existir por que não importa quem você tenha sido, o que você tenha feito, nada dura para sempre.

Se você pede alguma coisa, deseja, e acredita, o Universo não se move para deixá-la visível.

Mesmo que você queira muito alguma coisa, isto não significa que o universo está do seu lado ajudando-o para que esse desejo se materialize. Você não vai ficar rico do dia para noite só porque você quer. Nem fará carros e barras de ouro orbitar a sua volta só porque acredita nisso. Achar que o universo tem parte em suas conquistas é muita pretensão egocêntrica, e não passa de uma vontade infantil de que seus desejos sejam de alguma maneira atendidos.

Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível.

A ordem natural das coisas é elas darem sempre errado. Se você acredita que a harmonia é a ordem cosmológica do bom andamento das coisas no universo, você está completamente enganado. A ordem é o caos. Se as coisas derem certo, é porque você sofreu um acidente e fugiu da ordem natural. Se alguma coisa funcionou na primeira tentativa, existe algo errado. Se as coisas andam bem e você sente que sua vida finalmente se encaixou nos trilhos, não se preocupe. Isso passa.

Ps: breve mais pílulas do pensamento negativo.
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