domingo, 18 de dezembro de 2011

O adeus de Hitchens


Essa semana morreu um importante jornalista e pensador britânico. Christopher Hitchens foi militante do novo ateísmo e escreveu diversos livros sobre os pontos negativos da crença em deus e de como essa crença destrói a liberdade individual do ser humano. Apesar de ser considerados por muitos de apelativo e debochado, suas idéias fizeram muito sucesso nos círculos ateístas norte americanos  bem como em outros espalhados pelo mundo. Posto aqui um dos seu vídeos, bastante famoso no youtube:

sábado, 17 de dezembro de 2011

Da generalização e do preconceito.



Muitos são aqueles que dizem ser um péssimo hábito generalizar as coisas. Além do que, ao generalizar um objeto, uma evento, ou até mesmo uma idéia, pode-se correr o risco de parecer politicamente incorreto e intolerante, para aqueles que acreditam que a generalização é uma forma de preconceito, e que sendo assim, nenhuma forma de preconceito atualmente pode ser tolerado. Entretanto, o fato é que todos nós generalizamos. Todo mundo generaliza tudo, o tempo todo. Estamos acostumados até a medula a generalizar, tanto é que nem nos damos conta disso. Aliás, muitas de nossas maiores convicções vêm de generalizações superficiais das coisas. Acreditamos prever algum acontecimento, por exemplo, generalizando-o, ou seja, tornando-o comum, vulgarizando-o. Só para tentar explicar, quando presenciamos um acontecimento qualquer, nossa memória entra em ação e busca episódios e acontecimentos que tenhamos presenciado anteriormente e que sejam similares ao que estamos presenciando no momento. Junto a isso, traz consigo também todos os sentimentos concomitantes experimentados, fazendo uma comparação com o estado atual de nossos afetos, o que nos permite fazer juízos de valor para que possamos dizer, por exemplo, se aquele acontecimento se deu por esta ou por aquela razão. Se por coincidência ou não, outras vezes presenciamos acontecimentos parecidos, nossa memória grava aquela associação de idéias, acreditando ter conseguido achar o porquê deste acontecimento, com isso sempre que outro acontecimento similar acontece, acreditamos que a causa deste seja aquela dos acontecimentos anteriores. Fazemos um pré-conceito sobre o motivo do acontecimento. A partir deste pré-conceito acreditamos estar tocando a mola propulsora do acontecimento e do porquê de sua causa. A origem de todos os nossos juízos de valor reside nesse tipo e nessa forma de pensamento. Ao dizermos, por exemplo, que as mulheres são péssimas motoristas, generalizamos os acontecimentos relativos a mulheres no volante. Isso, obviamente entra em conflito com a realidade, pois existem ótimas motoristas do sexo feminino. Entretanto, pensamos de modo a reforçar essa dedução, o que faz com que acreditemos piamente na inabilidade da mulher no trânsito. Em vários outros assuntos fazemos isso. Por exemplo, quando o tempo não está muito bonito e o céu se encontra cheio de nuvens escuras logo temos a conclusão de que virá chuva.  Mesmo que não chova, nos comportaremos como se fosse chover. Fazemos quase como por instinto. Por isso, pode-se dizer que o ato de generalizar tem uma importância significativa no pensamento, e é fator primordial da lógica e do modo de raciocinar do ser humano.  O problema é quando nos sentimos no direito de expor nossa posição sem nos importar com os outros. Alguns ofendidos podem se revoltar com os preconceitos provindos de possíveis generalizações de nossa parte. Apesar de ser um assunto delicado, cabe a cada um de nós refletir e discutir esse tema da melhor maneira possível, para que se possa chegar a uma conclusão mais satisfatória de como vivermos melhor em sociedade apesar da existência do preconceito e da generalização no modo de raciocinar do animal humano.   

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Da fraqueza e do vício


"Ao percebermos que um vício está fugindo ao nosso controle, e por conta disso nos consumindo, tentamos eliminá-lo completamente de nossa lista de hábitos. Por não termos força suficiente para controlá-lo e mantê-lo sob rédeas curtas, efetuamos  sua extirpação desde a raiz. Por conta disso, abandonamos um vício mais por fraqueza do que por força."

Leandro Souza
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