Sinto-me perdido no mundo
O que sei eu a fundo?
Faço-me um questionamento profundo
O que é ser um pai fecundo?
Tenho medo de agora fracassar
Em que papel devo acreditar?
Sei que muito de mim devo abdicar
Tirar os olhos de si corresponde a amar
Todas as certezas que tinha evaporaram
Grandes tarefas pais encaram
Quando a um novo ser humano se deparam
A trilhar novos caminhos se preparam
A vida me parecia enfadonha e sem cor
Mas de ti um meta surgiu em grande esplendor
As cores da vida voltaram de modo recompensador
Por acaso ela não seria o palco e eu o ator?
Querida Sofia, para ti quero viver
Em vista disso, tenho muito trabalho a fazer
Preparar o caminho e a ti receber
Assim, da Beleza da vida beber
Prefiro lhe ser um companheiro a um amigo
Decerto sei que estarei sempre contigo
Por isso com propriedade lhe digo:
Ao meu lado terás sempre um abrigo
Espero-te com grande alegria
Em ti inspiro-me e escrevo essa singela poesia
Sorrindo e chorando de posse de apenas uma ideologia:
“Amo-te muito minha pequena guria”
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